Texto contém letras e sinais proibidos por judeu no século XII
A Universidade de Bolonha (Itália) encontrou o que pode
ser o manuscrito da Torá mais antigo do mundo, segundo um professor
italiano que afirma que o texto sagrado foi escrito no século XII.
O valioso pergaminho de pele de cordeiro foi catalogado
de modo equivocado por um arquivista da biblioteca universitária em
1889, que acreditou que pertencia ao século XVII. Mas o professor de
estudos hebraicos Mauro Perani constatou que o texto era anterior às
normas de escrita da Torá adotadas no século XII.
"Imediatamente, percebi que era muito mais antigo", disse.
O professor explicou que o texto contém letras e sinais proibidos pelo erudito e filósofo judeu Moisés Maimônides no século XII.
"Este pergaminho é muito raro porque quando os
manuscritos estragam, perdem sua santidade e não podem ser mais
utilizados. Então, são enterrados", explicou Perani. "Seu estado de
conservação é excelente", completou.
"Os nazistas na Europa central e os fascistas na Itália
destruíram dezenas de milhares de rolos. Aconteceu uma incrível
destruição no século XX", disse.
O texto foi submetido a várias análises de carbono na
Itália e Estados Unidos, que confirmaram que foi escrito entre o fim do
século XII e o início do século XIII.
O pergaminho mede 36 metros de comprimento e 64 centímetros de largura.
Pergaminho de pele de cordeiro pode ser o exemplar mais antigo da Torá conhecido.