A Guerra Fria é um período histórico de conflitos indiretos entre Estados Unidos e União Soviética (atualmente Rússia) que se iniciou após o fim da Segunda Guerra Mundial e estendeu-se até a extinção da União Soviética em 1991.
Muitas das disputas travadas entre os dois países são bem conhecidas, como a corrida para colocar um ser humano no espaço, e, em seguida, na Lua. Entretanto, alguns trabalhos ficaram ocultos por muitos anos, como a pesquisa pelo controle da mente, conhecida nos Estados Unidos como parapsicologia, e na então União Soviética como psicotrônica.
As revelações desse trabalho por parte dos soviéticos só foram possíveis graças ao trabalho de Serge Kernbach, do Centro de Pesquisa de Robótica Avançada e Ciências Ambientais na Alemanha. Kernbach forneceu uma visão geral das pesquisas realizadas entre 1917 e 2003, com base em publicações de revistas técnicas russas.
Manipulação mental
De acordo com o pesquisador, o trabalho dos soviéticos nessa área funcionou de forma independente do Ocidente, ao custo de 1 bilhão de dólares, e só terminou no século 21 com o estouro da bolha do financiamento.
Ao longo dos anos, os soviéticos se focaram em muitas áreas, muitas delas espelhadas nos esforços dos Estados Unidos, como o Projeto MKULTRA – um programa da CIA que estudou maneiras de manipular a mente das pessoas, alterando suas funções cerebrais.
O programa da União Soviética nessa área foi construído sob uma ideia de longa data na ciência do país que acreditava que o cérebro humano poderia receber e transmitir certo tipo de radiação eletromagnética de alta frequência, e que isso poderia influenciar também outros objetos.
Armas psicotrônicas
Assim como o Projeto MKULTRA, o programa dos soviéticos também incluiu um estudo dos efeitos das ondas eletromagnéticas nos seres humanos, o que levou ao desenvolvimento de armas psicotrônicas que se destinavam a alterar as mentes das pessoas.
Entretanto, a análise de Kernbach não fornece detalhes dos resultados desses programas. Embora as pesquisas tenham sido interrompidas em 2003, o pesquisador afirma que há cerca de 500 pesquisadores na Rússia que ainda estão trabalhando no campo da psicotrônica.
Fonte: Medium