quarta-feira, 25 de junho de 2014

Coreia do Norte ameaça declarar guerra ao EUA por comédia sobre assassinato de Kim Jong-un

Bom, essa ladainha de guerra entre EUA e Coreia do Norte é velha, mas será que agora pode ser realmente? Vamos ver...

O Globo -  Filme com James Franco e Seth Rogen só deve estrear em outubro, mas já ganhou repercussão mundial após as declarações de Pyongyang.


TÓQUIO — O mais recente filme de James Franco — uma comédia intitulada "A Entrevista” sobre dois apresentadores de TV alistados pelo governo americano para matar o líder norte-coreano Kim Jong-un — deve estrear só em outubro, mas já ganhou repercussão mundial, especialmente em Pyongyang. A Coreia do Norte prometeu represálias “impiedosas” se o filme de Hollywood for liberado, informaram agências de notícias. Um porta-voz do ministério das Relações Exteriores do país declarou nesta quarta-feira que o lançamento seria um "ato de guerra".

— Os inimigos têm ido além do limite de tolerância em seus movimentos desprezíveis para ferir a dignidade da liderança suprema — afirmou o porta-voz à agência de notícias estatal, após chamar a comédia de “terrorismo” e de tentativa de “derrubar o sistema social” do país.
Pyongyang acusou os Estados Unidos de “subornar um cineasta gangster” para produzir o filme e advertiu Franco e Seth Rogen, os dois protagonistas, que a raiva provocada nos coreanos teria consequências.

— Aqueles que difamam a nossa liderança suprema e cometem atos hostis contra a Coreia do Norte nunca podem escapar da punição severa de acordo com uma lei, onde quer que estejam — declarou o porta-voz.

O diretor-executivo do Centro para a Paz do Norte Coréia-EUA, Kim Myong-choi, também criticou o filme dizendo que ele mostrou "o desespero do governo dos EUA e da sociedade americana." Myong-choi disse que o enredo de “A Entrevista” foi "irônico" devido aos antecedentes dos EUA em assassinarem líderes de outros países.

— Um filme sobre o assassinato de um líder estrangeiro reflete o que os EUA têm feito no Afeganistão, Iraque, Síria e Ucrânia — disse ele ao “The Telegraph”. — E não nos esqueçamos de quem matou o presidente John F. Kennedy, americanos — acrescentou.

Myong-choi também alertou o presidente Barack Obama.

— O presidente Obama deve ter cuidado no caso de os militares dos EUA quererem matá-lo também.

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