Mais isso não é o suficiente para me fazer acreditar em boas intenções de terceiros, ainda mais de um país que espionou e espiona o MUNDO.
Não seja um alienado para acreditar em "boas intenções" de terceiros, sem antes duvidar e questionar a real intenção.
Notícia O Globo - Iniciativa realizada no Piauí, e que contou com a presença do ministro Paulo Bernardo, visa levar acesso à internet a regiões isoladas.
RIO — Em um evento que contou com a presença do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a Google concluiu nesta sexta-feira mais uma etapa do Projeto Loon no país, que visa levar acesso à internet a regiões remotas por meio de balões de alta pressão. Os balões foram lançados dessa vez no Aeroporto Nossa Senhora de Fátima, em Teresina, Piauí — no último dia 28 de maio, um primeiro lançamento foi realizado em Campo Maior, no mesmo estado, também com dois balões.
De acordo com a empresa, os balões que subiram aos céus do país serão os primeiros a percorrer uma longa distância em uma latitude próxima da linha do Equador, o que oferece novos desafios ao projeto. Além disso, os primeiros lançamentos no território brasileiro também marcam o início com testes de transmissão de internet 4G (LTE), aqui foi fornecida à iniciativa pela operadora Vivo e pela Telebras.
No lançamento do dia 28, uma escola municipal na comunidade de Água Fria pôde ter uma aula com acesso à internet pela primeira vez em sua história, com o uso de uma antena especial em seu telhado, enquanto um balão sobrevoava a região.
Para ministro o Paulo Bernardo, a iniciativa vai ao encontro das metas do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) e por isso conta com o apoio de governo brasileiro.
— O Governo Federal considera prioridade o avanço do uso da internet em todas as camadas da população e em todas as regiões do Brasil. Sabemos que, para isso, todas as tecnologias disponíveis serão importantes: fibras ópticas, satélites, equipamentos fixos ou móveis — afirmou Paulo Bernardo. — Dado o tamanho do nosso território e as dificuldades geográficas, todas as inovações são bem-vindas. O projeto Loon pode apontar soluções criativas para regiões de mais difícil acesso na busca da universalização da oferta do acesso à internet em banda larga.
Em entrevista ao GLOBO no mês passado, um especialista brasileiro em aeronáutica que teve acesso aos detalhes técnicos do projeto, e preferiu não ser identificado, avaliou que o Loon poderia ser temerário ao país, pois os balões não seriam operados por autoridades brasileiras.
— Isso tem implicações muito sérias na segurança aérea, na segurança de dados e na segurança nacional. Além disso, no Brasil seria contra a lei. Esses balões do Loon precisariam ter transponders (transmissores de rádio) para que, caso percam altitude, e isso ocorre com muita frequência, possam ser esquadrinhados e evitados pelo tráfego aéreo. Eu vi as especificações da Google: os balões deles não têm potência elétrica para aguentar um transponder nem empuxo vertical para sustentar a massa de um — disse o especialista.
A cerimônia contou também com a presença do presidente da Google Brasil, Fabio Coelho:
— Estamos honrados por ter sido convidados pelo governo brasileiro para testar o Loon aqui.
Os dois lançamentos no país ainda fazem parte da etapa de testes da Google para o Loon, que ganhou um site oficial, em português, explicando os seus detalhes e objetivos. Os voos dos balões da empresa estão sendo realizados desde junho do ano passado, em diversos países do mundo — o primeiro contemplado foi a Nova Zelândia.
Segundo reportagem recente do “The Wall Street Journal”, além do Loon, o Google planeja gastar mais de US$ 1 bilhão com satélites para levar acesso à internet para locais isolados do mundo.
O Facebook também tem seus próprios planos para disponibilizar internet para áreas carentes. E março, a rede social de Mark Zuckerberg adquiriu por cerca de US$ 20 milhões a equipe da Ascenta, uma pequena fabricante de drones localizada em Somerset, na Inglaterra.
O time passaria a integrar a iniciativa Internet.org, que visa universalizar o acesso à rede.