terça-feira, 13 de agosto de 2013

Chefe da ONU pede aplicação da lei internacional em relação aos drones

Qual lei é essa que a ONU quer aplicar em relação aos drones?

É sempre assim. Primeiro eles usam algo de forma errônea, propositalmente, para depois aplicarem a "ordem".

Confira - Notícia da Folha de SP.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta terça-feira que seja aplicada a lei internacional em relação aos ataques com aviões não tripulados. A aplicação dos drones, usados principalmente pelos Estados Unidos, é criticada por ferir a soberania de diversos países. 


Ban Ki-moon - Secretário geral da ONU
A declaração do chefe da organização (foto ao lado) foi feita em visita ao Paquistão, país mais bombardeado por Washington no mundo com esse tipo de aparelho, junto com o Iêmen. Para o governo americano, os aviões não tripulados são parte da estratégia antiterrorismo para desmantelar organizações como o Taleban e a Al Qaeda.

Em entrevista em Islamabad, Ban afirmou que a posição da ONU é que as operações com os aviões não tripulados devem ser submetidas às leis internacionais. "Também é preciso fazer todos os esforços possíveis para evitar erros e morte de civis".

O Paquistão é um dos principais alvos americanos desde 2004, quando começou a operação para destruir zonas tribais próximas à fronteira do Afeganistão, onde estão refugiados talebans e militantes da Al Qaeda. Desde 2008, mais de 2.000 pessoas morreram nos ataques.

Feitos, em sua maioria, sem aviso a Islamabad, os bombardeios americanos são motivo de crítica dos paquistaneses e eleva o sentimento antiamericano no país. Outra crítica é em relação ao alto número de civis mortos, que os Estados Unidos considera uma pequena minoria.

Além do discurso, destinado aos militares, Ban Ki-moon se reunirá com o presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, e com o primeiro-ministro Nawaz Sharif para conversar sobre a questão militar e outros assuntos, como a tensão com a Índia na região da Caxemira.
 
MALALA

Ban Ki-moon também visitou uma escola de meninas na capital paquistanesa e fez uma defesa da educação feminina. O Paquistão é o país de Malala Yousafzai, 16, adolescente que critica as imposições do Taleban contra as mulheres e, por isso, sofreu um atentado em outubro do ano passado.

"O maior temor dos terroristas são as meninas e mulheres educadas. Alguns querem negar o direito à educação das meninas, mas temos que eliminar as tradições que negam o direito das mulheres de se educarem".

Também pediu o aumento do Orçamento gasto em educação no Paquistão, que representa 10% da verba destinada à Defesa. Em resposta, o governo paquistanês prometeu dobrar, de 2% para 4%, os gastos até 2018.

FONTE: FOLHA DE SP
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