Em meio a uma crescente onda de violência, o premiê iraquiano, Nuri
al-Maliki, ordenou neste domingo que seja realizada uma ampla operação
de captura de terroristas no norte no oeste do país.
Enquanto isso, os EUA ofereceram uma recompensa de US$ 10 milhões em
troca de informações "que ajudem as autoridades a matar ou capturar"
terroristas no país.
No sábado (10), durante as comemorações pelo fim do Ramadã (o mês
sagrado dos muçulmanos), uma série de carros-bomba deixou mais de 68
pessoas mortas, principalmente xiitas. Neste domingo, novos episódios de
violência já mataram mais sete.
Em comunicado, os EUA condenaram os ataques e afirmaram que os
responsáveis são "inimigos do Islã e um inimigo comum dos EUA, do Iraque
e da comunidade internacional".
Os EUA declararam ainda que irão trabalhar em estreita colaboração com o
governo iraquiano para enfrentar a rede terrorista Al Qaeda, que é
sunita, e discutir o tema durante a viagem do ministro das Relações
Exteriores, Hoshiyar Zebari, na próxima semana, a Washington.
Conforme a TV iraquiana, Maliki já deu ordens aos chefes das forças de
segurança nas províncias de Al Anbar (no oeste) e Nínive (no norte) para
lançar a caçada.
O atual pico de violência faz reascenderem os medos de que o Iraque caia
em uma guerra sectária entre xiitas e sunitas similar à de 2006/07, que
deixou milhares de mortos. O conflito na Síria agrava o problema, já
que o ditador Bashar al-Assad é alauíta (uma facção do islã xiita), e os
rebeldes que lutam há mais de dois anos pela deposição dele são da
maioria sunita.
O presidente curdo do Iraque, Masoud Barzani, já disse estar disposto a
"fazer uso de todos os seus recursos" para proteger curdos ameaçados.
FONTE: 1.folha.uol.com.br/