Para isso, a Agência Japonesa de Energia Atômica quer usar uma espécie de modelo reduzido de reator no qual provocaria uma falha.
 
Cientistas japoneses informaram nesta 
quinta-feira que planejam fazer uma fusão experimental controlada do 
núcleo de um reator atômico para entender melhor o acidente ocorrido em 
2011 em Fukushima e poder agir adequadamente em outro acidente grave em 
uma usina nuclear.
Para isso, a Agência Japonesa de Energia 
Atômica quer usar uma espécie de modelo reduzido de reator no qual 
provocaria uma falha, algo que seria realizado em uma instalação de 
pesquisas de Tokaimura, ao norte de Tóquio. "Queremos estudar exatamente
 como ocorrem estas fusões e tirar conclusões para melhorar o modo de 
enfrentar possíveis acidentes graves", explicou um porta-voz da Agência.
Trata-se
 de entender melhor a reação do combustível dos três reatores de 
Fukushima, nos quais se registrou uma fusão do núcleo após o tsunami de 
março de 2011, que deixou a usina sem sistema de resfriamento, causando o
 que se considera o pior acidente atômico desde o de Chernobyl 
(Ucrânia), em 1986.
O projeto pode ser lançado entre 1º de abril e
 o final de março de 2015, indicou o porta-voz afirmando que é uma 
primeira experiência deste tipo no Japão, mas que países como a França 
ou os Estados Unidos realizaram testes comparáveis.
As 
autoridades não tinham previsto uma catástrofe como a de março de 2011. 
Desde então, adotaram disposições mais severas em matéria de segurança 
dos reatores.
No começo de dezembro, especialistas da Agência 
Internacional de Energia Atômica (AIEA) enalteceram os esforços e os 
avanços feitos em Fukushima, mas destacaram que "continua havendo 
questões muito difíceis que devem ser resolvidas para (garantir) a 
estabilidade a longo prazo da usina".
No que diz respeito às 
"crescentes quantidades de água contaminada no local", um dos maiores 
problemas na central, a AIEA propôs não descartar "a possibilidade de 
lançá-la ao mar respeitando os limites de contaminação autorizados", uma
 ideia à qual se opõem de forma taxativa os pescadores locais, os países
 vizinhos e os grupos ambientais.
Fonte: Noticias TV Band
