Secretaria da Saúde do RS elabora plano de contingência para ebola
Em Porto Alegre, Hospital Conceição é referência para tratamento do vírus
O vírus ebola, que já matou quase mil pessoas na África, é no momento
uma das maiores preocupações da Organização Mundial de Saúde (OMS), que
acredita na criação de uma vacina somente em 2015.
Embora o Brasil não seja um País que receba muitos africanos, o governo
federal já estabeleceu algumas normas para cuidar de casos suspeitos da
doença.
O Rio Grande do Sul, no entanto, ainda não tem o plano de contingência
pronto para o ebola. O programa está em processo de elaboração, segundo a
técnica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde Marilina Bercini.
"O plano de contingência ainda está sendo elaborado. Ele ainda não está
pronto porque precisamos definir a situação das cidades do interior e
isto leva algum tempo. É bom salientar que o planejamento para Porto
Alegre está definido e já conta até com o hospital referência, que é o
Conceição", disse nesta segunda-feira em entrevista ao site do Correio
do Povo.
Marilina afirmou que os profissionais da saúde estão avisados sobre como
proceder em caso de chegada do vírus em solo gaúcho. A técnica destacou
que os aeroportos do Brasil já contam com postos avançados que estão
preparados para identificar uma possível contaminação do ebola.
"A Anvisa é responsável por estes postos. Nós já estabelecemos, de
acordo com a norma federal, a maneira de transportar o paciente e de
como isolá-lo. É importante dizer que o sistema está organizado e a
população não irá desassistida", garantiu. A técnica do Centro Estadual
de Vigilância em Saúde comentou que o interior não é mais vulnerável à
chegada do vírus do que a Capital.
"O que precisa ser cuidado é a origem do paciente. No momento, existem
pelo menos quatro países onde o ebola está concentrado: Guiné, Libéria,
Nigéria e Serra Leoa. Se algum caso surgir nas cidades do interior, o
paciente será encaminhado ao hospital de referência mais próximo, o que
significa dizer que ele não precisa ser transportado para Porto Alegre",
explicou Marilina.
Marilina disse que o ebola, conhecido desde 1976, nunca teve um
comportamento tão agressivo como agora. Ela garantiu que não há risco de
contato imediato por se tratar de uma "doença lenta".
"Na década de 70, nós tínhamos cerca de 100 casos de ebola. Agora, os
quadros aumentaram porque a prevenção nos países africanos não é feita
de forma adequada, muito pela característica cultural daquele
continente, de às vezes não acreditar no trabalho da medicina",
argumentou.
O nome da denunciante do Hospital foi mantido em sigilo pela própria segurança dela.)
Referência: CBN Brasil
Fontes: Libertar , Correio do Povo
e Nos dias de Noé
Tenso demais.
ResponderExcluir