quarta-feira, 24 de julho de 2013

Mídia Ninja desmascarada

Desmascarada mais uma falsa bandeira que trabalhava para interesses políticos.
Foto ao lado: Na convenção do PT, Dirceu circula com Capilé, dono da ONG Fora do Eixo, patrocinador do 'Mídia Ninja'

Das primeiras manifestações do Movimento Passe Livre ao “casamento da dona Baratinha”, dos protestos na Copa das Confederações ao quebra-quebra no Leblon, milhares de pessoas têm acompanhado a crise por meio do Mídia Ninja, um coletivo de jornalistas que transmite tudo ao vivo e sem cortes, do olho do furacão, usando smartphones e redes 3G.

Ainda que sua audiência seja pequena, a novidade aponta para uma mudança de paradigma nas coberturas de acontecimentos de massa.

Ocupando o vácuo deixado pelos canais de televisão, os ninjas conquistaram espaço não pela qualidade técnica de suas imagens, mas pela ousadia com que se metem em situações de risco para entrevistar manifestantes e policiais, expondo sem filtros a ação (ou omissão) do aparato repressor e ensejando um inédito grau de controle social sobre situações que, se dependesse da mídia “tradicional”, sequer teriam sido divulgadas.

Isso posto, é preciso questionar a euforia com que muita gente se apressou a decretar o fim do jornalismo convencional, um morto sem sepultura atropelado pela revolucionária ação dos ninjas.

Para demonstrar a ingenuidade dessa tese bastaria lembrar que rigorosamente todos os escândalos que conspiraram para a insatisfação geral da sociedade foram investigados e denunciados por profissionais que apuram, ouvem diversas fontes, checam informações e passam pelos crivos da boa prática da profissão.

Mas a melhor lição para quem acha que nada disso importa e basta estar do lado certo para fazer bom jornalismo foi a entrevista de mais de uma hora que o Mídia Ninja fez com Eduardo Paes na última sexta-feira.

Uma coisa é interpelar PMs despreparados no calor de uma manifestação, outra é entrevistar um político profissional: desinformados e fazendo perguntas sofríveis, os ninjas foram simplesmente jantados pelo prefeito. É evidente que isso não tira o mérito da cobertura dos protestos, mas convém baixar um pouco a bola: a falta de humildade é a primeira cilada que se apresenta para os ninjas.

Em longo texto divulgado nas redes sociais no dia seguinte à entrevista, em vez de se desculparem por perguntar se a Aldeia Maracanã será removida (?) e outras baboseiras, eles se limitaram a atribuir à demagogia do prefeito a culpa pelo péssimo trabalho que fizeram.

Vale lembrar também que “Ninja” quer dizer “Narrativas Independentes, Jornalismo e Ação”, ou seja, a independência é um componente fundamental da credibilidade e do capital simbólico do coletivo — em uma palavra, da sua imagem. Ser independente é também fator de potencial identificação com os milhões de brasileiros que foram às ruas, em parte, por não se sentirem mais representados pelos partidos constituídos.

Ora, no último programa “Roda Viva”, na TV Cultura, o presidente nacional de um partido se referiu aos integrantes da rede Fora do Eixo, berço do Mídia Ninja, como “companheiros” que estão “próximos à gente”, passando a impressão de que eles seriam uma ferramenta de articulação político-partidária. Nada haveria de errado nisso, mas a falta de transparência confunde as pessoas: esta é a segunda cilada.

Num momento em que muita gente vive a sensação de estar sendo manipulada por cima e por baixo, pela esquerda e pela direita, por trás e pela frente, parece importante esclarecer qual é o verdadeiro grau de independência das narrativas do Ninja, que tanto tem impressionado pelo jornalismo e pela ação.

Luciano Trigo é jornalista e escritor.

Depois dos vândalos do Black Bloc, agora está caindo a máscara do tal Coletivo Mídia Ninja, que alega estar fazendo “jornalismo de vanguarda”, ao incentivar a baderna e a violência nas ruas, prejudicando e desvirtuando totalmente um dos movimentos político-sociais mais importantes da História do Brasil.

O Coletivo Mídia Ninja se apresenta como se fosse uma espécie de “jornalismo de vanguarda”, uma iniciativa aparentemente interessante e viável para quebrar o monopólio das chamadas nove famílias que comandam a “grande mídia” no Brasil. Mas na verdade é apenas mais um instrumento político de baixo nível.

O PT, chegando ao poder, traçou uma estratégia para democratizar a mídia. E se passaram 12 anos e nada. O que fez? Fortaleceu a Rede Record, está criando mais duas redes evangélicas (R.R. Soares e Waldomiro Santiago) e inundou de dinheiro uma rede de blogs amigos, que inventaram o PIG (Partido da Imprensa Golpista) e o transformaram em Partido da Imprensa Governista, defendendo tudo que o governo faz e demonizando a oposição.

São muitos blogs e sites hoje financiados pelo governo, através do Banco do Brasil, Petrobras, Caixa Econômica etc., e a fila está aumentando, porque muito jornalista também quer entrar nessa boca rica. E o tal Mídia Ninja, quem diria, é financiado pelo PT, via ONG Fora do Eixo.

TUDO SE SABE…

Acontece que a liberdade/liberalidade da internet abriga também outros tipos de sites e blogs, que não são financiados pelo governo e atuam com impressionante liberdade. Agora, ao pesquisar sobre o Coletivo Mídia Ninja, me surpreendo ao encontrar uma “Tribuna da Imprensa”, alternativa, que se diz livre. E foi nesse site que encontrei a verdade sobre os “jornalistas” que agem junto com os vândalos e baderneiros.

“O PT precisava de seus próprios mascarados. Não uma massa anônima, incontrolável e com um ideal. E sim bem identificáveis, confiáveis. Aliados e afinados. Talvez também com máscaras mas saídos das entranhas do financiamento público cultural: os “NINJAS”, diz o extenso artigo, acrescentando que o Mídia Ninja é um braço da ONG Fora do Eixo, protegida por José Dirceu.

“Cria do Ministério da Cultura, o Fora do Eixo arrecadou milhões em incentivos fiscais ao longo dos anos. Uma rede política abastecida por recursos públicos, mas empenhada em algo próximo a um “marxismo cultural” do que em prestação de contas. Seria injusto eu não dizer ao menos uma ou duas boas iniciativas criadas por eles. Mas digamos que eu seja injusto. Em seus mais de 10 anos de existência nenhum artista ou grupo musical conseguiu qualquer tipo de projeção ou relevância através dos serviços do Fora do Eixo. Conseguiram sim, que associações de produtores, selos e festivais fossem fechados, dessem prejuízo ou chegassem a bancarrota.”

“Quando o PT decidiu que deveria fazer parte das manifestações, não foi uma medida desesperada. Enxergaram um interesse político e eleitoral. Uma oportunidade. Paulo Henrique Amorim enquanto mais uma vez chamava o site Anonymous de “tucanonymous”, colocou um link ao vivo da Mídia Ninja em seu Conversa Afiada. A distinção estava clara, a dicotomia mais uma vez estabelecida”.

“Vieram as manifestações, o cenário mudou. A Mídia Ninja, gerida pelo Fora do Eixo com simplórios porém eficazes recursos, mostra semanalmente a falta de comando da PM nos já esvaziados protestos contra o governador, contra Deus e contra tudo. E veio a glória: detenção totalmente insólita, por alguns minutos, de seus jornalistas.”

“Com Cabral chegando aos incríveis 20% de aprovação e arrastando junto Pezão para o buraco, Lindbergh e o PT entraram no jogo novamente para a cadeira de governador.”

O pobre Dudu Paes, cujo vice é do PT, e que ainda tem pretenções eleitorais, não foi esquecido pelos seus aliados. O PT logo arranjou com a Mídia Ninja uma exclusiva com o prefeito, garantindo de que tudo saísse bem. Entrevista com muita água e açúcar, Paes se distanciou de Cabral, criticou a polícia, elogiou os manifestantes. Se mostrou um político jovem, antenado com o digital. Paes é Ninja. E o cara-pintada Lindbergh também”.
Carlos Newton

O comentarista Yuri Sanson, sempre atento ao lance, nos mandou essa demonstrativa foto de José Dirceu recebendo o ativista Pablo Capilé, diretor da ONG Fora do Eixo, que patrocina o equipamento de transmissão usado pelos cinegrafistas do Coletivo Mídia Ninja.

Ao contrário do que se pensa, para realizar a transmissão não basta um celular, como alegam muitos exaltados comentaristas. “Para as situações de rua, um ninja tem dois kits: o individual e o de equipe. No primeiro, um celular com internet, um laptop funcionando e outros que servem como bateria, todos levados numa mochila. O segundo consiste num carrinho rosa-choque carregado com duas câmeras, mesa de corte, microfones, gerador e caixas de som. Tudo da Apple e comprado coletivamente (menos o carrinho, apropriado de um supermercado)”, foi o esquema revelado pelos dirigentes do Coletivo Mídia Ninja à revista Piauí.

Yuri Sanson nos enviou também cenas do intelectual Pablo Capilé pedindo votos para candidatos do PT. Confiram a mensagem do nosso comentarista:

“Este é o criador do Fora do Eixo pedindo votos pro PT:


 

O cara ficou rico com dinheiro público, se cria obviamente uma dependência eleitoral.



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PS – São patéticas as imagens do suposto P-2 (agente secreto da PM) que teria lançado o coquetel. Uma forçada de barra ridícula. Se era um policial infiltrado, é claro que estaria com a camiseta do grupo de vândalos, para poder se misturar a eles.

Vejam os vídeos que supostamente mostrariam o PM P-2 infiltrado jogando o coquetel molotov…



Via: http://heliofernandes.com.br E www.libertar.in
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